Nove detidos em operação especial da PSP em Lisboa. Polícia garante que foi preservada a dignidade das pessoas
Foram ainda apreendidas uma arma branca e uma arma de fogo
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A Polícia de Segurança Pública (PSP) realizou esta segunda-feira uma operação especial de prevenção na zona dos Olivais, em Lisboa, e foram detidas nove pessoas e apreendidas uma arma branca e uma arma de fogo, informou fonte policial.
Segundo adiantou fonte da PSP à agência Lusa, esta operação aconteceu pelas 07h00 da manhã desta segunda-feira e está inserida nas operações especiais de prevenção criminal. No total, foram emitidos e cumpridos 22 mandados de busca domiciliária.
Além das nove pessoas detidas, os agentes da PSP conseguiram ainda apreender munições de vários calibres, uma arma de fogo, uma arma branca, uma réplica de arma de fogo (conhecida como airsoft), uma soqueira, um bastão extensível, vários tipos de estupefaciente, uma balança de precisão e 21 garrafas de óxido nitroso.
Em relação à droga apreendida, o número de doses em causa ainda está por determinar.
"Operação decorreu sem qualquer incidente a registar e foram seguidas todas as diligências policiais", garante a PSP
Em declarações à TSF, o subintendente Rui Costa, comandante da Divisão de Investigação Criminal da PSP, sublinha que tudo foi coordenado pelo Ministério Público e que todas as regras foram seguidas.
"Esta operação decorreu sem qualquer incidente a registar e foram seguidas todas as diligências policiais que constam das nossas normas de atuação para estes casos, quer seja de revista a pessoas, quer seja de buscas a residências, cumprindo integralmente a ordem judicial", explica à TSF Rui Costa.
Questionado sobre se a dignidade das pessoas foi preservada nesta operação, o comandante da Divisão de Investigação Criminal da PSP responde: "Absolutamente." Relativamente à última operação policial realizada no Martim Moniz, em Lisboa, e que está a ser alvo de críticas, o subintendente Rui Costa refere que quando a PSP trabalha "não pensa nisso".
"Nós estamos focados na segurança das pessoas, estamos focados em cumprir as nossas obrigações legais, nomeadamente a realização deste tipo de operações. À polícia compete realizar este trabalho de análise, compete promover junto do Ministério Público que se realize este tipo de operações e depois executá-las. Não nos compete estarmos preocupados com essas questões", sublinha, reconhecendo que não há sinais de aumento da criminalidade na zona oriental de Lisboa. Ainda assim, os dados mais recentes fazem com que a polícia considerasse esta intervenção prioritária.
"Não posso dizer que a criminalidade esteja a crescer. Agora nós temos registadas, nos últimos dois anos, mais de 30 ocorrências envolvendo armas, não só armas brancas, também armas de fogo. Esse alerta é resultante do trabalho analítico que fizemos nos últimos dois anos, mas mais concretamente nos últimos meses. Considerámos que era uma prioridade intervir junto destes locais, porque 30 ocorrências com armas nestas zonas achamos que é um valor que nos obriga, obviamente, a intervir de outra forma", acrescenta.
Esta operação especial de prevenção criminal acontece quase duas semanas depois da realizada no Martim Moniz, também em Lisboa, e que está a ser alvo de críticas.
Notícia atualizada às 13h15
