Anúncio foi feito pelo presidente do Fundo de Resolução, na Assembleia da República.
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O Fundo de Resolução poderá ter de entregar ao Novo Banco 1.037 milhões de euros relativos às contas do último ano, que serão apresentadas na sexta-feira.
Ouvido na Assembleia da República, esta manhã, o presidente do Fundo de Resolução, Luís Máximo dos Santos, revelou aos deputados que o Estado poderá ter de entregar o valor máximo que está contratualizado por mais um ano.
"A chamada será de 1.037 milhões de euros. É o valor que está previsto. É um valor elevado, evidentemente, abaixo do ano passado, já de si foi muito alta", declarou Máximo dos Santos, na comissão de Orçamento e Finanças.
O valor que o Novo Banco irá pedir formalmente ao Fundo de Resolução ainda terá de ser validado antes de ser dada ordem de pagamento.
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Já para o Fundo de Resolução bancário o pagar, Máximo dos Santos indicou que o Fundo tem 255 milhões de euros de receitas próprias decorrentes de contribuições dos bancos, pelo que para o valor restante irá pedir em empréstimo ao Tesouro público, no limite previsto no Orçamento do Estado, de 850 milhões de euros. O presidente do Fundo de Resolução espera, no entanto, que o Novo Banco não gaste a totalidade do montante que ainda resta no mecanismo de capital contingente.
Em 2017, no âmbito da venda de 75% do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star (o Fundo de Resolução tem os restantes 25%), o Estado fez um acordo que prevê a recapitalização do banco pelo Fundo de Resolução (entidade da esfera do Estado) para cobrir falhas no capital geradas pelos ativos tóxicos com que o Novo Banco ficou do BES (crédito malparado e imóveis).
No total, segundo esse acordo, o Fundo de Resolução bancário pode injetar até 3,89 mil milhões de euros no Novo Banco até 2026.
Referentes a 2017 e 2018, o Novo Banco já recebeu 1.941 milhões de euros.
Notícia atualizada às 12h47