João Leão e a equipa que foi escolhida para substituir Mário Centeno na pasta das Finanças já tomaram posse. Costa defendeu ex-ministro e hipótese de ser nomeado para governador do Banco de Portugal.
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No fim da cerimónia de tomada de posse do novo ministro das Finanças, António Costa agradeceu a Mário Centeno pelo trabalho feito e a João Leão por ter aceitado o desafio, com uma ideia de "continuidade". O primeiro-ministro aponta para o "fim de um ciclo" e recusou falar de 'fair divers', lembrando que "o que surpreende foi pela primeira vez na democracia ter havido um ministro das Finanças que cumpriu uma legislatura completa e ainda ficou".
"A sua saída não marca nenhuma rutura ou inversão da política seguida", esclareceu, mas questionado sobre se o futuro de Centeno é à frente do Banco de Portugal, Costa foi perentório: "É uma hipótese."
O primeiro-ministro reforçou que o ministro das Finanças que agora sai tem "todas as condições do ponto de vista pessoal, profissional e todas as competências para ser governador do Banco de Portugal", reforçando que até Carlos Costa já o disse. Porém, deixa claro que ouvirá "todos num momento próprio".
"Ninguém no país percebe a vontade de perseguir Mário Centeno. Cometeu algum crime, foi crime ter sido membro do Governo, ter exercido funções de ministro de Estado e das Finanças, o que conseguiu como ministro das Finanças?", questiona o chefe do Executivo.
"Fora da bolha do Parlamento, ninguém percebe que se faça uma lei que tem como único objetivo impedir a nomeação de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal", acrescenta, reiterando que não se fazem leis apenas para visar uma pessoa.
O novo ministro das Finanças, João Leão, tomou posse para suceder a Mário Centeno. No Palácio de Belém, na presença do Presidente da República, também o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, a secretária de Estado do Orçamento, Cláudia Joaquim, o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes e o secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, tomaram posse.
Numa cerimónia sem discursos, nem convidados, Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Ferro Rodrigues estiveram presentes e cumprimentaram a equipa que deixa a pasta das Finanças e aquela que agora toma posse.