Novo presidente do ASFIC espera que próximo Governo "esteja atento aos problemas" da PJ
Em declarações à TSF, Nuno Domingos pede uma "transição geracional dentro da própria ASFIC", a aprovação dos regulamentos pendentes desde 2020 e uma "aposta na ação social, sobretudo no que diz respeito ao alojamento dos associados que se encontram deslocados
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O próximo Governo, que será eleito a 18 de maio, deve "estar atento aos problemas" das forças de segurança. Este é o desafio lançado pelo novo presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (ASFIC/PJ), que alerta para a falta de condições de trabalho em alguns edifícios.
Em declarações à TSF, Nuno Domingos, que sucede a Carla Pinto, e foi eleito para um mandato de três anos, numa eleição com uma única lista, reconhece que "a PJ não é um mar de rosas" e numera as dificuldades mais urgentes.
"Há questões relacionadas com as próprias condições de trabalho, nomeadamente nos edifícios. Poderia referir a questão de Setúbal, que é um grande problema porque o edifício não tem quaisquer condições a nível de salubridade. Mas há outras situações, como Portimão, que exige também uma rápida resposta", nota.
Já em Faro e em Braga, que estavam a braços com uma situação idêntica, veem agora os problemas a ser resolvidos.
O novo líder da ASFIC/PJ espera, assim, que estas questões não sejam ignoradas pelo novo Executivo.
"Esperamos que o novo Governo, qualquer que seja, esteja atento aos problemas da PJ que não se resumem a questões monetárias. São outro tipo de condições, nomeadamente a regulamentação para haver previsibilidade na atuação da direção nacional", argumenta.
Mas Nuno Domingos traça também os objetivos para o triénio 2025/2028: desde logo, é preciso uma "transição geracional dentro da própria ASFIC", que pode ser feita com recurso ao "número de pessoas que tem ingressado na carreira de investigação criminal", e a aprovação dos regulamentos pendentes desde 2020. O presidente da ASFIC pede ainda uma "aposta na ação social", sobretudo no que diz respeito ao alojamento dos associados que se encontram deslocados.
Sobre a direção nacional, elogia o trabalho que tem sido feito. A carreira destes profissionais é "atrativa" sobretudo pela parte remuneratória e pelas "condições de ingresso".
"Felizmente, tem havido concursos de promoção na carreira. Temos recentemente uma questão que tem que ver com o ingresso na PJ de elementos de outros OPC [Órgãos de Polícia Criminal] e a quem tem sido solicitado o pagamento de indemnizações, situação que a ASFIC está atenta e tem tentado resolver", remata.
