Aeroporto da capital está a transportar muito mais passageiros (+21,4%), sem fazer muito mais voos (+1,2%).
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Os novos aviões da TAP, mais modernos e com mais lugares, fizeram disparar o tráfego de passageiros nos aeroportos portugueses sem grandes aumentos no número de voos, especialmente em Lisboa.
Nas últimas estatísticas agora fechadas, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) explica que no último trimestre de 2019 os movimentos de aviões nos aeroportos cresceram pouco mais de 1%, bem menos que os 6% do período homólogo de 2018. Contudo, o tráfego de passageiros aumentou 13,5%.
Uma "desproporcionalidade", como diz a ANAC no relatório, que "traduz, fundamentalmente, o efeito da alteração de frota da TAP, concretamente a introdução dos novos modelos Airbus 320neo e 321neo", "mais eficientes nas operações de médio curso e com uma maior oferta de lugares por voo".
Lisboa lidera crescimento
Mais lugares na TAP permitiram aumentos de passageiros "expressivos" em vários aeroportos com destaque para o aeroporto de Lisboa, +21,4%, ou seja, mais 1,5 milhões de passageiros de outubro a dezembro de 2019, comparando com os mesmos meses de 2018.
No primeiro, segundo e terceiro trimestres do ano, o crescimento homólogo tinha sido muito mais pequeno: respetivamente, 3,4%, 6,3% e 11,5%.
Num aeroporto com limitações conhecidas, os novos aviões da transportadora aérea nacional conseguiram fazer disparar o número de passageiros sem disparar o número de voos.
No relatório trimestral a ANAC sublinha que o aumento da oferta de lugares na TAP também teve impactos significativos, mais mais pequenos, nos passageiros movimentados no Porto (+7,6%) e Ponta Delgada (+12,9%).
TAP reforça quota de mercado
Por outro lado, mais uma vez resultado das mudanças na frota, a TAP, que há um ano transportava 50% dos passageiros do aeroporto de Lisboa, reforçou a sua quota para 56%.
Aliás, a ANAC explica que nos voos domésticos houve um decréscimo de aproximadamente 10% do total de movimentos, algo que se sentiu, "fundamentalmente, nas operações da TAP, em consequência da já sublinhada alteração de frota, que permitiu manter a oferta de lugares num universo mais reduzido de voos operados".
Os voos de e para o estrangeiro continuaram em crescimento, com +15% de passageiros transportados, destacando-se a procura de transporte aéreo para os mercados inglês (+10%), espanhol (+28%), italiano (+23%), brasileiro (+28%) e norte-americano (+62%).
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