A Direção-geral de Saúde entende que estes números demonstram os bons resultados de um «planeamento familiar bem instituído».
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A Direção-geral de Saúde (DGS) indicou que o número de Interrupções Voluntárias da Gravidez caiu acima dos 7,5 por cento entre 2011 e 2012, isto depois de se terem verificado menos duas mil destas intervenções entre estes dois anos.
De acordo com um relatório desta direção, o número de mulheres que fez dois abortos legais em 2012 representam menos de dois por cento do total das Interrupções Voluntárias da Gravidez.
Ouvida pela TSF, uma responsável da Divisão de Saúde Sexual e Reprodutiva da DGS explicou que estes números mostram os bons resultados de um «planeamento familiar bem instituído», que é gratuito em Portugal em termos de consultas e métodos contracetivos.
«O facto de se falar sobre a necessidade de uma gravidez planeada vai contribuindo ao longo dos anos para diminuir as gravidezes não planeadas e não desejadas», afirmou Lisa Ferreira Vicente.
Esta responsável da DGS não quis estabelecer uma relação entre o facto de um quinto das mulheres que abortaram de forma legal estarem desempregadas.
Lisa Ferreira Vicente interroga-se se estas mulheres que interrompem a sua gravidez «são um reflexo do aumento do desemprego em Portugal ou se de alguma forma as mulheres que estão desempregadas interrompem mais».