A faixa etária das mulheres entre os 20 e 24 anos é a que regista maior incidência de interrupções voluntárias de gravidez, indica um relatório da Direção Geral de Saúde.
Corpo do artigo
No ano passado, 15.870 mulheres interromperam uma gravidez por iniciativa própria, segundo um relatório da Direção Geral de Saúde (DGS) , esta segunda-feira divulgado. De 2022 para 2021 verificou-se um aumento anual de 15 por cento "em linha com a tendência verificada noutros países da União Europeia".
O relatório da DGS indica que perto de 70 por cento das interrupções voluntárias de gravidez aconteceram em unidades públicas de saúde, através do uso de medicamentos (98,8 por cento). Já no privado, em 95 por das vezes, a interrupção da gravidez implicou um procedimento cirúrgico.
A DGS adianta ainda que o tempo médio de espera entre a consulta prévia e a realização da Interrupção da gravidez foi de 6,4 dias. Por outro lado, uma em cada cinco mulheres que fizeram um aborto teve de esperar mais do que o máximo estipulado para a primeira consulta.
A lei determina que não passem mais do que cinco dias a partir do momento em que a mulher sinaliza a intenção de interromper a gravidez e a consulta prévia. No entanto, no ano passado, em 20 por cento dos casos, o prazo legal foi ultrapassado: 460 mulheres tiverem de esperar mais de 10 dias; pelo menos 300 esperaram até duas semanas por consulta prévia, o triplo do prazo legal.
Por outro lado, tal como em anos anteriores, a faixa etária das mulheres entre os 20 e 24 anos é a que regista maior incidência de interrupções voluntárias de gravidez.
Depois de terem interrompido a gravidez, mais de 90 por cento das mulheres aderiram ao uso de métodos contracetivos.