Número de alunos sem professor? Governo diz que "não é possível contabilizar de forma rigorosa”
Depois de ter sido adiada para maio, Fernando Alexandre diz agora que a divulgação do número de alunos sem aulas pode não acontecer e aponta falhas no sistema de informação. Em declarações exclusivas à TSF, o ministro da Educação afirma que "esse número não é possível contabilizar de forma rigorosa"
Corpo do artigo
O ministro da Educação e do Ensino Superior, Fernando Alexandre, não garante que vá ser conhecido o número de alunos sem professor a pelo menos uma disciplina e aponta “muitas debilidades” no sistema de informação.
A divulgação da auditoria, encomendada à consultora KPMG, que estava prevista para o mês de março, entretanto passou para o mês de abril e depois para maio. Os dados, contudo, sobre o número de alunos sem professor a pelo menos uma disciplina poderão não constar neste documento: “Não sabemos se vamos ficar a saber”, admite Fernando Alexandre, em declarações exclusivas à TSF.
O governante explica que o ministério está a “esclarecer algumas questões” do relatório, “que ainda não está finalizado”.
"O desafio que temos é, de facto, ter um sistema de informação que permita dar-nos o número de alunos sem aulas, a que disciplina e durante quanto tempo”, sublinha, acrescentando que “aquilo que existe é um sistema de informação que identifica as necessidades de professores”.
“A informação que temos é que esse número não é possível contabilizar de forma rigorosa”, insiste.
A auditoria externa foi anunciada pelo ministro da Educação no fim de novembro, depois de terem sido divulgados pelo próprio dados errados relativamente aos estudantes que, perto do final do 1.º período, não tinham ainda professores a todas as disciplinas.
Ainda em declarações exclusivas à TSF, o ministro da Educação fala sobre o eventual descongelamento de propinas e garante que, apesar de ainda não existir qualquer decisão tomada, nenhum aluno vai ficar excluído do Ensino Superior.
“Aquilo que existe neste momento é um estudo para rever o sistema de ação social, que já foi entregue pela Universidade Nova na semana passada, e que agora vai ser usado se formos Governo para rever o sistema de ação social. Esse sistema é que vai garantir que nenhum estudante fica excluído do acesso e das condições para o sucesso no Ensino Superior. É esse o objetivo”, conclui.
*Notícia atualizada às 16h50