Estudo regular da Confederação Empresarial de Portugal revela descida de quatro pontos percentuais desde setembro.
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O número de empresas que planeiam despedimentos até ao final do ano desceu para 17%. Há um mês, eram 21%.
Neste universo, a redução média estimada pelas companhias será de 25% da respetiva força de trabalho.
Os números constam de um estudo Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que tem feito inquéritos regulares desde o início da crise provocada pela pandemia.
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O número de companhias otimistas, que prevê aumentar o quadro de pessoal, teve uma subida ligeira de 9 par 10%, enquanto os restantes 73% não antevê alterações na quantidade de colaboradores.
Estes números contrastam com os das previsões para o negócio: 60% das empresas adivinha uma queda das vendas no último trimestre face o mesmo período de 2019.
António Saraiva, presidente da CIP, sublinhou na apresentação do estudo que a intenção das empresas nunca foi despedir: "as empresas têm feito um esforço notável para manter o mais possível os seus recursos humanos", realçou, admitindo que ficou surpreendido que a quantidade de empresas que não pensa reduzir o quadro de pessoal seja grande: "admitia que fosse menor", confessou, concluindo "mas ainda bem que assim é". Saraiva entende que "aquilo que todos devemos fazer - empresários, trabalhadores, governo - é preservar os postos de trabalho".
O número de marcas que nesta crise recebeu empréstimos bancários subiu de 75% em setembro para 87% em outubro.
Há 1% de empresas que permanecem de portas fechadas, enquanto 13% estão em funcionamento parcial e 86% em pleno funcionamento, numa evolução ligeiramente positiva desde há um mês.
O estudo revela também que cerca de 40% das empresas estima uma queda do investimento em 2021 para menos de metade.
O inquérito é o oitavo feito no âmbito do "Projeto Sinais Vitais", desenvolvido pela CIP em parceria com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE, e abrangeu 558 empresas, 77% das quais são micro e pequenas empresas.