
Antenas de televisão
Direitos Reservados
O jurista Tito Rodrigues, da DECO, acredita que o número de queixas em Dezembro sobre a TDT aumente ainda mais ao cabo de um processo mal conduzido pela ANACOM.
Corpo do artigo
O número de queixas que chegou à DECO por causa da Televisão Digital Terrestre, que substitui o sinal analógico a 12 de Janeiro em quase todo o país, subiu 63 por cento em Novembro em relação a Outubro.
«É expectável que nos próximos dias, e com o aproximar do apagão marcado para 12 de Janeiro na zona litoral do país, que esse tipo de queixas, sobretudo, as que se prendem com questões práticas e técnicas, continuem a surgir», admitiu Tito Rodrigues.
Ouvido pela TSF, este jurista da DECO considerou que as «campanhas de informação que foram veiculadas pela ANACOM foram primeiro tardias e depois não foram eficazes no esclarecimento da população».
Tito Rodrigues apontou falhas nestas campanhas na questão do «esclarecimento direccionado para o problema de cidadãos residentes em determinadas zonas».
Este jurista adiantou ainda que «a partir do momento em que a DECO amplificou as suas preocupações, transmitidas ao longo dos últimos dois anos, «é óbvio que os consumidores começam a ver cada vez mais na DECO um pólo de contacto para a centralização destas reclamações».
«Acreditamos que a ANACOM pode ainda de alguma maneira emendar esta mão. Não me pergunte se é com o adiamento do "switch off" [«apagão»], mas a ANACOM tem de dar garantia de aceitar que este processo foi mal conduzido», adiantou.
Tito Rodrigues entende ainda que não podem ser os consumidores, mesmo os que deixaram a questão para a última hora, a pagarem as custas da má condução deste processo, numa altura em que 3/4 da população portuguesa «continuam sem capacidade para no dia 13 de Janeiro estarem a ver televisão».