Os polícias entregam esta segunda-feira uma carta aberta à Direção Nacional da PSP a pedir pulso firme junto do próximo Governo.
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A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia garante que a revolta dentro da PSP nunca foi tão grande devido à falta de pessoal e às más condições de trabalho. Em entrevista à TSF, Paulo Rodrigues acusa o Governo de não ter cumprido o que prometeu há quatro anos, durante a campanha eleitoral, no dia em que estes profissionais se concentram em frente à sede da PSP, em Lisboa, para entregar uma carta aberta à Direção Nacional a pedir pulso firme junto do próximo Governo.
"Durante estes últimos anos, a polícia tem vivido um clima de instabilidade gritante, muito preocupante. Nunca a revolta foi tão grande internamente e não vemos, da parte da Direção Nacional, uma pressão junto do Governo no sentido de olhar para esta questão com olhos de ver", assegura.
Depois da concentração desta segunda-feira, os polícias seguem para São Bento. Está marcada para as 15h00 outra manifestação frente à residência oficial do primeiro-ministro, onde será entregue uma carta aberta para lembrar a António Costa o que ficou por cumprir na atual legislatura.
"Graves problemas ao nível do efetivo, falta de apoio aos agentes policiais, agressões contínuas aos polícias sem encontrar uma forma de tentar minimizar o problema. Nós não ouvimos por parte do Governo e da grande parte dos partidos políticos dar grande importância à questão da segurança nesta altura de campanha. Essa carta aberta vai relembrar o seu primeiro-ministro daquilo que prometeu e também daquilo que não cumpriu e das consequências que a instituição está a passar por não ter cumprido aquilo que prometeu há quatro anos", remata.