"Nunca ficou mal a ninguém dar um passo atrás." ANTRAM pede humildade aos sindicatos
André Matias de Almeida garantiu que os sindicatos não ficariam em situação de desvantagem nas negociações se voltassem atrás e desconvocassem a greve.
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Não é vergonha dar um passo atrás. Foi esta a ideia que André Matias de Almeida quis transmitir, à entrada da reunião com a Fectrans.
A ANTRAM tratou de pedir humildade aos sindicatos que convocaram a greve que teria início a 12 de agosto, e garantiu condições iguais às já negociadas com a Fectrans para estes trabalhadores.
"Esta situação a que chegámos está muito longe de ser qualquer vitória para os patrões. Nós falamos de um processo negocial que foi rompido pelo Sindicato das Matérias Perigosas e pelo SIMM sem qualquer justificação. Falamos de uma greve aos portugueses, porque o impacto que terá no país será muito maior do que aquele que terá para as empresas do setor", afirmou André Matias de Almeida às televisões.
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De acordo com o representante do patronato, "os portugueses sofrerão, a partir de segunda-feira, um impacto grande, caso esta greve se venha a materializar, apesar dos serviços mínimos que foram decretados".
André Matias de Almeida considerou que os sindicatos devem repensar a greve: "Ontem, a ANTRAM deixou um apelo a este sindicato para que, numa postura de humildade, recue, deixe um passo atrás, porque nunca ficou mal a ninguém, na História, reconhecer um erro, dar um passo atrás, desconvocar a greve e voltar a negociar."
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"A humildade de um sindicato reconhecer um erro e voltar atrás não o coloca na mesa de negociações de uma forma diminuída perante a ANTRAM. Não é assim que a ANTRAM se comporta, nem se comportará, em negociações", apontou o representante da ANTRAM, que rejeitou que os trabalhadores serão prejudicados em possíveis acordos, caso não recorreram à paralisação. "A desconvocação da greve e o retorno à mesa de negociações coloca este sindicato em pé de igualdade, juntamente com a ANTRAM."