Num resumo em seis pontos do inquérito da RTP, o Conselho de Administração da televisão pública diz que o visionamento ocorreu nas instalações da RTP no dia seguinte ao pedido da PSP.
Corpo do artigo
Nuno Santos, antigo diretor de Informação da RTP, autorizou que a PSP visionasse as imagens relativas à manifestação ocorrida frente ao Parlamento no dia da greve geral de 14 de novembro, concluiu o inquérito levado a cabo pela televisão pública.
A poucos dias deste inquérito ser entregue pelo presidente da televisão pública na Entidade Reguladora da Comunicação, um resumo deste documento indica que este visionamento ocorreu nas instalações da RTP no dia seguinte ao pedido da PSP.
Numa nota de seis pontos a que a TSF teve acesso, é ainda dito que foi apurado que no dia seguinte aos incidentes, a PSP teve acesso às cassetes que continham as imagens captadas pelos repórteres da RTP, apesar de muitas destas terem sido emitidas.
Contudo, o documento adianta que foram visionadas imagens que nunca foram transmitidas, não tendo sido assim seguidos os procedimentos habituais na empresa.
O inquérito feito pela RTP adianta ainda que as gravações foram transcritas para DVD, mas nunca chegaram a sair das instalações da televisão pública.
O documento é ainda explicado que, dois dias após os incidentes e na sequência do pedido formal dirigido pela PSP ao arquivo, a RTP cedeu apenas as imagens emitidas pelo canal 1 e pela RTP Informação.
A investigação concluiu ainda que o diretor geral de Conteúdos, Luís Marinho, teve conhecimento destes factos apenas cinco dias depois dos incidentes, tendo depois comunicado esta situação ao presidente da RTP, Alberto da Ponte.