O alerta é da Quercus, que apela ao uso de materiais biodegradáveis. A Associação de Conservação da Natureza lamenta que nos festejos se recorra cada vez mais a produtos de plástico, como os confetis... que acabam por contaminar o ambiente
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Fatos de carnaval e máscaras que não são reaproveitadas, purpurinas que vão diretamente para o mar, serpentinas e confetis de plástico - são alguns dos exemplos apontados por Carmen Lima, coordenadora do centro de Informação e Resíduos da Quercus, para mostrar que o Carnaval deve ser repensado a nível ambiental.
"Quer os adultos, quer as crianças querem todos os anos mascaras novas e há um enorme consumo de produtos mais sintéticos, mais baratos e com um impacto ambiental maior. Também há a questão do uso de confetis e de fitas, atualmente com uma oferta em plástico. Como não são limpas de imediato vão parar à sarjeta e vai parar diretamente ao mar."
Carmen Lima explica que, por exemplo, no caso das purpurinas, que são feitas de plástico e alumínio, é importante investir em materiais biodegradáveis.
"O problema das purpurinas é que quando lavamos a cara vai diretamente para o esgoto e depois para o mar."
Para a Quercus as autarquias ainda não estão suficientemente sensibilizadas para estas questões, mas já estão a dar os primeiros passos. "Por exemplo, Torres Vedras já anunciou que vai usar copos reutilizáveis nas festas. Não só os organizadores estão a ficar preocupados, mas os consumidores pedem este tipo de produtos."
Carmen Lima deixa uma sugestão, uma alternativa aos confetis. "A apanha de folhas secas na mata, furar com furadores e fazer os confetis com folhas secas."
Este Carnaval, as Câmaras Municipais de Torres Vedras, Loulé e de Ovar apostaram em copos reutilizáveis e biodegradáveis.