O dirigente do CDS/PP Filipe Lobo D´Avila considera que a direção do partido só tem um caminho até às eleições de outubro: reconhecer, perceber e evitar repetir os erros que levaram ao mau resultado nas Europeias.
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Lobo D´Avila avisa que "há erros que não podem ser imputados aos candidatos ao Parlamento Europeu porque foram erros que saíram da estratégia política do CDS. É preciso que o CDS inverta a situação mas para que isso aconteça tem de perceber o que é que correu mal. Se não perceber o que correu mal vamos continuar alegremente sem perceber porque é que os portugueses não confiaram em nós".
O centrista sublinha que "quem dirige um partido tem que estar disponível para colher os louros individuais e os louros coletivos, mas quando as coisas não correm bem, também é o primeiro responsável".
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No entender do ex-deputado, o CDS tem desde logo "um problema na mensagem, tem um problema naquilo que é a perceção de quais são as propostas do CDS, as pessoas não sabem identificar quais as causas essenciais apresentadas pelo partido" e por isso "é preciso tentar unir o partido não em palavras bonitas mas em ações".
Filipe Lobo D´Avila espera que quem dirige o CDS "saiba agregar, saiba fazer uma síntese dos problemas e das propostas que o partido tem de apresentar em cada momento" porque "não há margem para novos erros, nem para mais erros", avisa.
"Assunção Cristas não tem outra alternativa que não seja seguir esse caminho, perceber o que é que correu mal, com humildade e com inteligência, que também lhe reconhecemos e conseguir perceber que o CDS não pode querer agradar a gregos e a troianos".
No essencial, Filipe Lobo D´Avila reconhece que o CDS/PP tem definitivamente que "mudar o rumo" e tendo em conta o desfecho das europeias compreende a decisão do presidente da concelhia do CDS de Ovar mas faz questão de lembrar que "aquilo une o partido é mais forte do que aquilo que o separa".
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