"O combate às alterações climáticas vai permitir que a nossa economia cresça"
Quanto à eventual transformação da central do Pego numa central de biomassa, o ministro do ambiente aplaude a ideia.
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O ministro do Ambiente acredita que Portugal ocupa uma posição de liderança "muito relevante" no combate às alterações climáticas, o que traz benefícios para o ambiente, mas também para a economia do país. "Para Portugal, entre outras coisas, o combate às alterações climáticas vai permitir que a nossa economia cresça mais do que se fizer de outra forma", disse João Pedro Matos Fernandes à TSF.
João Pedro Matos Fernandes falava à TSF no final do encontro que teve com António Guterres, este domingo. Expectante com a cimeira do clima que começa esta segunda-feira, o governante admitiu que há um longo caminho a percorrer: "As situações são muito diversas mundo fora. Há um continente que é a África que, se calhar, em 2050, pode vir a ser o continente mais populoso do mundo e onde o combate à erradicação da pobreza tem de estar a par com o combate às alterações climáticas."
O responsável pela pasta do Ambiente reiterou o "o sucesso enorme que tivemos com os leilões do solar" e perspetivou que, nos próximos dois anos, será possível substituir a refinaria de Sines "produzindo eletricidade mais barata", nomeadamente através da utilização da biomassa.
Para que tal aconteça, garantiu o ministro, não será necessário negociar com uma das principais distribuidoras de eletricidade do país: "Não é uma questão de negociar com a EDP. É um problema do sistema comum todo poder tornar desnecessária a existência de Sines por ser mais cara e por ser mais poluente".
Quanto à eventual transformação da central do Pego numa central de biomassa, o ministro do ambiente aplaude a ideia: "Esse projeto anunciado pela Endesa é muito interessante, porque o termo técnico é uma "central despachável", isto é, em que a todo o momento pode ser despachada e injetada eletricidade de rede e que, a partir da biomassa".
"A biomassa é uma fonte natural e as emissões aí não são contabilizadas com o grande ganho de podermos retirar muita da biomassa que está nos nossos terrenos, particularmente na área florestal, podem ser utilizados para produzir eletricidade", rematou.