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No dia mundial da dança viajamos até Espinho para conhecer a Giselle Academia de Dança, que pela segunda vez está apurada para o Campeonato de Dança do Mundo, nos EUA.
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Por causa da pandemia de Covid-19, as aulas de dança passaram a ser online e em direto. Maria Miguel tem 13 anos e desde os cinco que a dança faz parte do dia-a-dia.
"Ando numa modalidade que é artes do palco e tem várias modalidades dentro dessa: ballet clássico, contemporâneo, flexibilidade e força e barra de chão. Agora temos aulas por vídeo e isso ajuda-me bastante, faz-me esquecer que estou em casa, porque gosto muito de dançar e isso está a ajudar-me bastante", começa por contar.
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Aluna na Giselle - Academia de Dança, há cerca de um mês que as aulas passaram para o ecrã. "É mais difícil porque os professores não têm contacto connosco e isso torna-se mais difícil. Muitas vezes dizem para pormos um pé assim e é difícil perceber, muitas vezes não temos espaço para fazer as coisas em casa... um pino, uma cambalhota e nas casas não há muito espaço".
Carolina Freire é uma das professoras, em março começaram por dar tarefas aos bailarinos para fazerem em casa, mas em abril as aulas passaram a ser dadas online e em direto. "Reorganizamos o horário para que todos consigam fazer a barra no chão, treino de flexibilidade e força, ballet, contemporâneo, para que todos consigam fazer um bocadinho de todas as modalidades".
Os professores estão atentos aos erros, tentam corrigir ao máximo, mas é um desafio. "É muito diferente estar deste lado e não poder tocar, a energia é diferente, eles estão sozinhos do outro lado... é diferente!".
A Giselle Academia de Dança tem alunos dos 3 anos até à idade adulta. Pelo segundo ano consecutivo a escola foi apurada para o Campeonato Oficial de Dança do Mundo - All Dance World, em Orlando, nos Estados Unidos. Carolina Freire explica que ficaram apurados em janeiro na competição All Dance Portugal. "A escola ficou novamente apurada para ir a Orlando com 51 alunos, ganhamos o prémio de melhor diretor e o Prémio Grand Coryband Júnior, que destaca a escola que obteve as melhores pontuações no escalão júnior (mini e crianças 4-11 anos). Sendo este o prémio máximo da dança, nesta competição".
Os ensaios das coreografias que vão levar aos Estados Unidos estão suspensos, a prova marcada para novembro é agora uma incógnita, mas os treinos individuais não param. "Em casa não há espaço para as coreografias, muitas são de grupo, mas os treinos continuam, porque o corpo não pode parar".
A Dança não vai parar e para ajudar a suportar as despesas da viagem a Orlando, a Gisele Academia de Dança tem organizado festas e espetáculos, que entretanto foram cancelados por causa da Covid-19. Para assinalar o dia de hoje os alunos foram desafiados a tirar uma fotografia com uma pose de dança.
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