"O doente oncológico em Portugal tem um bom tratamento", mas sobreviventes são discriminados
Liga contra o cancro elogia saúde oncológica no país e lamenta discriminação dos sobreviventes.
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O número não para de subir e em 2018 atingiu um novo máximo com 27.849 mortes num ano, 76 por dia, mas o cancro em Portugal também deixa cada vez mais sobreviventes.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro diz, contudo, neste dia mundial de luta contra a doença, que os sobreviventes ainda são discriminados em várias áreas.
O presidente da Liga responde que "sim, existe, os sobreviventes têm muito mais dificuldade por exemplo de acesso aos seguros e algumas dificuldades no acesso ao trabalho".
Vítor Rodrigues detalha por exemplo uma lei, recente, de 2019, que passou a prever a adaptação do trabalho à condição do sobrevivente não para que este trabalhe menos ou pior mas para que o trabalho seja "adaptado para que consiga fazer exatamente o mesmo que os colegas".
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Vítor Rodrigues explica que o grupo dos sobrevivente do cancro é cada vez mais vasto e mais diversificado sendo preciso que a sociedade dê apoio a estas pessoas ou condições para continuarem a sua vida.
Sobre as críticas que se vão ouvindo à falta de medicamentos inovadores e notícias sobre os problemas recorrentes do Serviço Nacional de Saúde, o presidente da Liga diz que Portugal tem bons tratamentos contra o cancro, "com excelentes profissionais".
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O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro confirma que há problemas, mas estes "não são de agora", e recorda os níveis de sobrevivência que mostram, segundo defende, que "o doente oncológico tem, em Portugal, um bom tratamento".