
Nuno André Ferreira/ Lusa
Uma família de oito refugiados iraquianos de origem palestiniana que vivem na Batalha foi recebida pelo papa Francisco na Casa de Nossa Senhora do Carmo.
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A família de refugiados formada por oito pessoas oriundas do Iraque entrou na casa onde o líder da Igreja Católica pernoitou juntamente com membros do Governo, nomeadamente o ministro-adjunto, Eduardo Cabrita.
Hani Jamah esteve, este sábado, pela segunda vez com o papa Francisco, um momento que o refugiado iraquiano a residir há um ano em S. Mamede, na Batalha, não valorizou, essencialmente por não ser católico, disse à Lusa.
A família -- um casal com três filhos, avós e bisavó -- veio assistir às celebrações que assinalam o Centenário das Aparições de Fátima, presididas pelo papa Francisco e que tem como ponto alto a canonização de Francisco e Jacinta, que aconteceu às 10:27h.
O papa já conheceu a família em 2016 num campo de refugiados perto de Roma, durante a semana santa pascal.
Sensibilizado pela história da família, que inclui fugas da Palestina para o Iraque (em 1954) e da Síria para a Europa que incluiu num percurso marítimo até à ilha italiana de Lampedusa, o papa manteve o contacto com refugiados que vivem hoje na Batalha, perto de Fátima.
Apesar de muçulmanos, a família tem uma grande devoção a Nossa Senhora por ser mãe de Jesus Cristo, considerado um dos profetas do islão, precursor de Maomé.
Depois de conseguir o estatuto de refugiados o estatuto de refugiados em Itália, foram selecionados num programa de realojamento da União Europeia e estão hoje a viver na Batalha, a três quilómetros.