Ângelo Felgueiras é um explorador de sítios já explorados. Mas poucos portugueses estiveram nas maiores montanhas do mundo e nos dois polos. Diz que "é importante ir, e obrigatório regressar".
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Quando não está junto da família, ou a voar, Ângelo Felgueiras está a viver aventuras que lhe dão gozo pessoal.
O comandante da TAP, antigo sindicalista, passou muito do tempo livre neste século a escalar as montanhas mais altas do mundo, e a caminhar e esquiar nos dois polos. Ou seja, esteve nos locais mais inóspitos, à superfície do planeta.
Na semana em que estão reunidos em Lisboa alguns dos maiores exploradores do mundo, Ângelo Felgueiras esteve no Almoço TSF, para contar que foi na Antártida, em 2018, que sentiu na pele, o efeito do homem no planeta.
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"Estive de t-shirt, perto do Polo Sul, e também estive a 50 graus negativos", contou a propósito dos mais de 50 dias que viveu a atravessar o extremo sul do planeta.
Não sabe definir o que lhe dá mais gozo. Gosta de iniciar a aventura, de chegar ao destino, e gosta muito de regressar (e "tomar um duche").
Tem uma expressão que gosta de repetir: "É importante ir aos sítios, mas é obrigatório regressar. Porque, se não regressar, a ida não faz sentido".
Diz que a segurança está sempre no centro do planeamento de uma aventura.
Durante a aventura, toma notas de viagem, mas não consegue escrever o livro. Prefere contar o que viu e sentiu.
Foi assim com o relato da escaladas as cumes mais altos do planeta. Há de ser assim, também, com as aventuras nos dois polos.