O Fundão recebe esta sexta-feira uma reflexão sobre os territórios de baixa densidade, os seus constrangimentos e caminhos para reverter o atual cenário demográfico e económico.
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As primeiras Jornadas do Interior mostraram um diagnóstico conhecido e repetido mas também "sinais de um caminho que pode ser invertido que vá além da boa vontade. Do turismo à agricultura há quem protagonize ousadias, lavrando o futuro vencendo as inevitabilidades do despovoamento, emigração e envelhecimento", avisou Nuno Francisco, diretor do Jornal do Fundão.
De Trás-os-Montes ao Alentejo sucedem-se exemplos da "qualidade de vida que temos no interior do país mas é preciso vencer a burocracia, que cresce todos os dias e ocupa recursos humanos que encarecem os custos produtivos das nossas empresas", alertou António Soares, autarca de Penamacor e da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa.
Afinal se Portugal fosse mais equilibrado "o Produto Interno Bruto do país poderia crescer para o dobro tendo em conta os ganhos potenciais acrescentados pelos territórios de baixa densidade", considerou Helena Freitas, coordenadora da Unidade de Missão para o Interior.
Neste fórum, que prossegue ao longo do dia, estão presentes representantes das comunidades intermunicipais (CIM"s) que acolhem a maioria dos territórios de baixa densidade bem como os representantes de instituições de ensino superior que povoam estas geografias e que refletem sobre as realidades da interioridade: Universidade da Beira Interior, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade de Évora, Instituto Politécnico de Castelo Branco, Instituto Politécnico da Guarda e Instituto Politécnico de Portalegre.