Numa região do país que se denomina por interior, António Costa exorta esta parte de Portugal a deixar de se "interiorizar a si própria", de forma a "romper a barreira". O país deve ser "internamente coeso e internacionalmente competitivo", e o Plano de Recuperação e Resiliência, diz Costa, atende a todos estes objetivos.
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António Costa acredita que a União Europeia tomou boas decisões quando adotou a transição digital e verde como os grandes motores para a recuperação da crise. O primeiro-ministro falou esta quarta-feira do investimento para o combate a doenças zoonóticas, aplicado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. António Costa anunciou ainda uma fábrica do futuro, para o desenvolvimento de antenas para automação, em parceria com a Continental.
Costa refere como exemplos a redução em 70% da emissões da universidade e a preocupação com a automação na mobilidade, tal como a gestão "muito cuidada" do bem escasso" que é a água.
Este novo projeto na UTAD permite a aplicação das tecnologias de informação à gestão de água, uma medida que não é contra a agricultura, na perspetiva do primeiro-ministro. A transição digital "pode ter a ver com as atividades mais antigas que o ser humano pratica na Terra", garante. Trata-se de desafios "que se cruzam" e a que se dá respostas em conjunto, sustenta.
"Só vamos enfrentar estes desafios trabalhando em conjunto", diz Costa, exortando a ultrapassar os muros das universidades para que os centros de produção de conhecimento ajudem a gerar mais desenvolvimento.
Numa região do país que se designa por interior, António Costa insta a que esta deixe de se "interiorizar a si própria", de forma a "romper a barreira". O país deve ser "internamente coeso e internacionalmente competitivo". O PRR tem em conta todos estes objetivos, assegura o governante.
"Alianças e agendas mobilizadoras" implicarão candidaturas que terão de ser apresentadas em conjunto por autarquias, empresas e universidades, de forma a criar valor económico que se instala também nas cidades.