O dia 5 de março é o dia de aniversário do jornal Público. Manuel Carvalho, o diretor do jornal, falou da história e do futuro, na Manhã TSF.
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O jornal Público foi vendido nas bancas, pela primeira vez, no dia 5 de março de 1990.
Na celebração dos 30 anos do jornal, Manuel Carvalho, o diretor desde 2018, diz que nunca fala do fim da edição em papel.
Entrevistado na Manhã TSF, o diretor do Público diz, convictamente, que o futuro é digital, mas que um jornal como o Público, não pode deixar ter uma edição impressa, até porque essa edição em muito relevante para as receitas comerciais.
E chega mesmo a dizer que "considera um erro acabar com a edição em papel", e que o assunto "nunca passa pelas conversas na redação".
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Sobre o peso digital no presente, Manuel Carvalho diz que o balanço da aposta no fecho de alguns artigos, apenas a assinantes da edição digital, teve um reflexo muito positivo nas contas.
O número de subscritores aumentou e por isso, as receitas também. Mas isso não significa que a realidade do Público seja diferente da restante comunicação social, ou mesmo razão para grandes euforias.
Manuel Carvalho foi estagiário no Público, e viu o jornal nascer há trinta anos. Recordou, nesta conversa, os momentos fundadores, e a forma como, desde sempre, se pretendeu responder aos interesses dos leitores.
Os tempos passaram, e outros adotaram ideias do Público, mas também o Público cedeu e seguiu algumas ideias dos outros.
Na conferência que realiza no dia de aniversário, vão ser debatidas reflexões sobre o futuro - "o tema é o que é que vai acontecer num futuro próximo", diz Manuel Carvalho -, incluindo as reflexões do primeiro-ministro António Costa e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A edição de aniversário do Público é simbolicamente dirigida pelo escritor Afonso Reis Cabral, que nasceu poucos dias depois do jornal, em 1990.
"Vai ser um Público completamente diferente do habitual, tanto em papel, comoonline", garante o diretor Manuel Carvalho.