O que marcou o dia: tolerância de ponto, "eternidade" de Costa e desespero em Mora
António Costa não gostou de estar em isolamento profilático. Aliás, "os tempos livres foram os mais penosos", garante o próprio.
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O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quarta-feira que não vai haver tolerância de ponto para a função pública no dia 31 de dezembro.
Numa visita ao Hospital Fernando da Fonseca, Costa lembrou que a passagem de ano vai acontecer sob "medidas muito restritivas" e agora é preciso um período de contenção "para avaliar os resultados" do alívio das medidas no Natal.
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Foi precisamente durante o Natal que António Costa esteve em isolamento profilático. Esse período terminou esta quarta-feira, 14 dias depois de se ter sabido que o presidente francês Emmanuel Macron - com quem Costa tinha estado - testara positivo. O primeiro-ministro não parece ter gostado da experiência: "Estes 14 dias pareceram uma eternidade."
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Mas mais do que isolado, há em Portugal quem se sinta abandonado. Em Mora, a segunda vaga da pandemia está a ser muito dura e o presidente da autarquia desespera a fazer contas: 14 utentes já morreram no lar de Cabeção, onde há também 55 idosos e 28 funcionários infetados.
Luís Simão conta à TSF que está cansado de pedir ajuda, mas a Segurança Social tem uma única equipa no distrito, já com pessoas infetadas e não tem conseguido dar resposta.
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O Instituto da Segurança Social já fez saber, em declarações à TSF, que a equipa de intervenção rápida do distrito de Évora vai fazer chegar reforços ao lar.
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Sem sair do Alentejo, a última sugestão da TSF é fado da cabeça aos pés. "O Alentejo de Amália", uma reportagem de Maria Augusta Casaca, conta a história de Brejão, o local escolhido pela fadista para construir uma casa onde passou muitos momentos da sua vida. E é lá que há memórias por descobrir.
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