É cada vez um crime mais comum, que acontece devido à grande quantidade de fotocópias e digitalizações de documentos de identidade, mas também pela exposição nas redes sociais. Hoje celebra-se o Dia Europeu da Proteção de Dados.
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O roubo de identidade é um crime cada vez mais comum. Quem o diz é a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), que alerta para o "claro abuso na exigência de fotocópias ou de digitalização de documentos de identidade, assim como na divulgação de números de identificação em redes abertas, o qual exige uma intervenção urgente para proteger os cidadãos". Para a CNPD, estes simples atos são, genericamente, ilegais, mas continuam a proliferar, até em serviços do Estado.
A CNPD alerta ainda que a difusão massiva de dados pessoais, designadamente a informação constante de documentos de identificação, "alimenta as tendências crescentes de roubo de identidade", o mesmo acontecendo pela "violação das regras de proteção de dados por insuficiência de medidas de segurança, técnicas e organizacionais".
Esta quinta-feira celebra-se o Dia Europeu da Proteção de Dados, que assinala também o aniversário da abertura à assinatura da Convenção 108 do Conselho da Europa, sobre a proteção de pessoas relativamente ao tratamento automatizado de dados de caráter pessoal.
Mas os riscos não se limitam apenas à cedência de documentos de identidade ou à sua divulgação em redes abertas. Há também riscos nas redes sociais. A TSF falou com o professor de engenharia informática da universidade de Coimbra, Mário Zenha Rela, que diz que a maioria das pessoas não está sequer preocupada em proteger os dados.
Mário Zenha Rela defende que a tecnologia já oferece ferramentas eficazes, mas muitos utilizadores da internet e dos telemóveis partilham informação pessoal porque isso torna a sua vida mais confortável.
O professor universitário entende que o Estado e as empresas em Portugal estão, na maior parte dos casos, atentos à questão da segurança informática. Há, no entanto, uma ameaça que resulta da saída de muitos cérebros para o estrangeiro.