"O seu êxito será o nosso êxito." Moreira da Silva não descarta ir a votos no futuro
O candidato derrotado felicitou Luís Montenegro, mas não abdica do seu "plano para Portugal".
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Derrotado nas eleições diretas do PSD, Jorge Moreira da Silva felicita Luís Montenegro "por vitória expressiva" e afirma que já falou com o novo líder social-democrata.
Ainda assim, assume que não dificultará o trabalho do novo presidente do PSD: "O seu êxito será o nosso êxito."
"Os militantes do PSD podem continuar a contar comigo. Os portugueses e os militantes conhecem-me. Eu contribuirei para a unidade do PSD e daremos todas as condições a Luís Montenegro para liderar o PSD com a sua moção e a sua equipa. Mas tendo eu um plano para Portugal, não me peçam para dele abdicar", avisa Moreira da Silva.
Jorge Moreira da Silva garante que não sairá do partido "ajudando o partido, para Portugal deixe de estar onde está". "Não me conformo", exclama.
"Vou dar o meu contributo para unidade do partido, porque ter ideias próprias contribui para unidade do partido. A autonomia, a complementaridade, a diversidade, a genuinidade é um elemento essencial, o que engrandece o partido", defende Jorge Moreira da Silva.
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Moreira da Silva não descarta ir a votos no futuro
Apesar da derrota, Jorge Moreira da Silva considera que, depois de ler os resultados nas regiões por onde passou, "o mérito das minhas ideias foi reconhecido".
Sobre o futuro, o social-democrata diz que "irá continuar a lutar pelo país", não descartando voltar a candidatar-se às eleições do partido.
"O PSD vive um problema estrutural"
Depois de agradecer aos apoiantes, "que estão espalhados pelo país", o candidato derrotado lamenta ter começado tarde a campanha e de ter enfrentado um "contexto adverso".
"Eu não podia deixar de estar presente, quando o PSD vive um problema estrutural", atira.
Jorge Moreira da Silva conta que "quis fazer uma campanha que dignificasse o papel dos militantes, porque o partido é deles e não dos dirigentes".
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"Quando avancei, sabia perfeitamente que estava a luta contra uma probabilidade", diz Moreira da Silva, citando Francisco Sá Carneiro para justificar a candidatura: "Não me perdoaria."
O candidato derrotado considera que fez "uma campanha a valorizar as ideias" e repete que "é importante refundar o partido", levando à modernização do PSD.
Moreira da Silva realça ainda os mais de 300 jovens voluntários que "galvanizaram a candidatura" e lembra a indisponibilidade da "outra candidatura" para a realização de debates.