Os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP) revelam que a dívida pública atingiu em maio 252,5 mil milhões de euros.
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Este é um um novo aumento face ao mês anterior (252,3 mil milhões de euros) e volta assim a formar-se um máximo histórico.
Mas para o Governo as contas são outras e prefere os indicadores do final do ano com as contas ao rácio da dívida medido em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), atenuando assim o efeito dos primeiros meses do ano em que Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP) concentra a captação de dívida no mercado.
Isso mesmo é justificado pelo BdP para este recorde absoluto. "Para esta subida contribuiu essencialmente o aumento de certificados do Tesouro e de empréstimos", sublinha o regulador dos mercado bancário.
Em maio, o IGCP, emitiu dívida no valor de 800 milhões de euros, com uma maturidade de dez anos.
Como já vimos o Governo prefere fazer as contas apenas no final do ano, porque na média dos 12 meses o executivo espera uma redução do rácio da dívida pública. Se o ano passado (2018) o rácio ficou nos 121,5% do PIB, para este ano (2019) o Governo aponta para 118,6% do PIB e para se ter uma ideia, no primeiro trimestre o rácio da dívida pública estava nos 123% do PIB.