Sociedades científicas pedem medidas urgentes para travar o excesso de peso e obesidade em Portugal.
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A Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade está convencida que o número de portugueses com excesso de peso ou obesidade aumentou muito com a pandemia e os confinamentos.
"Antes da pandemia tínhamos 60% da população nacional com excesso de peso ou obesidade e o problema já era grave. Agora, com a pandemia e os confinamentos pensa-se que este número aumentou muito mais, pelo que mais do nunca são precisas medidas urgentes", diz a presidente da sociedade.
Paula Freitas refere que há dados que apontam para esse aumento de peso em 26,4% dos portugueses durante o período de contenção social por causa da covid-19 e mesmo na prática clínica os médicos notam essa tendência, quer para quem já tinha excesso de peso quer para quem tinha um peso considerado normal pelos especialistas.
"Já tínhamos um problema enorme a que se vem somar este novo problema durante a pandemia", detalha.
Por outro lado, quem estava em programas de tratamento e que tinha perdido peso viu a tendência a inverter-se.
Razões que levam a Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, mas também a Sociedade de Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo (SPEDM) e a Associação dos Obesos e Ex-Obesos de Portugal (ADEXO) a defenderem que é preciso apostar no combate a um problema que se agravou durante a pandemia, exigindo, por exemplo, que se crie um programa de consultas de obesidade nos cuidados de saúde primários, mas também que o Estado passe a comparticipar os medicamentos para tratamento da obesidade, garantindo que todos podem aceder a esses fármacos.
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