O novo parque temático para a modalidade inserido num projeto na ordem dos 30 milhões de euros prevê a criação de 50 postos de trabalho. A abertura será em 2026.
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O anúncio é feito pela Surfers Cove que, em três anos, promete construir um parque temático para surf em Óbidos, com um aldeamento turístico de quatro estrelas, que terá o máximo de 144 camas e um investimento total superior a 30 milhões de euros.
A empresa tem como acionistas de referência a Despomar, a Alaïa Bay, a Admar, a Menlo Capital e a equipa de gestão, liderada por Manuel Vasconcelos e proprietário do terreno.
Em comunicado, o empresário garante que "o projeto será implementado numa área de 5 hectares e o aldeamento turístico terá 56 unidades de alojamento, um restaurante, uma loja de surf, vários skate parques, courts de padel e de beach ténis, uma escola de Surf, um espaço de wellness, zonas verdes ajardinadas, pista de bicicletas, e zona para eventos corporativos".
O licenciamento do projeto de arquitetura já foi aprovado pela Câmara Municipal de Óbidos e pelo Turismo de Portugal, encontrando-se a decorrer as restantes fases do processo.
A empresa garante ainda que a tecnologia preferida para as ondas do Surf Parque pertence ao líder mundial do setor - a Wavegarden -, já testada e instalada em países como o Reino Unido, a Suíça, a Austrália, o Brasil e a Coreia do Sul. Esta tecnologia permite a maior variedade de ondas. Já o layout escolhido para o formato da piscina deste novo espaço será uma nova versão compacta e mais eficiente, em termos energéticos e de consumo de água.
Ricardo Cunha Vaz, administrador da Menlo, acionista da Surfers Cove, afirma que "a piscina de Óbidos terá uma utilização de quase 24 horas já que está prevista a iluminação que vai garantir uma perfeita visibilidade e segurança aos utilizadores. A piscina de ondas é o local perfeito para qualquer pessoa aprender a fazer surf, proporcionando aos utilizadores uma experiência de surf única" e acrescenta que este não é um projeto imobiliário, mas sim turístico e de lazer, pelo que poderá ser utilizado durante o horário noturno.
Ainda de acordo com os promotores do projeto, está prevista uma faturação anual na ordem 10 milhões de euros, em velocidade de cruzeiro, dos quais 60% resultarão do negócio relacionado com o surf. Serão criados 50 postos de trabalho e, até final do ano, contam reunir uma segunda ronda de investidores interessados no negócio e concorrer a fundos comunitários que estão disponíveis para projetos inovadores.
O master plan e projeto de arquitetura é da responsabilidade de Frederico Valsassina, estando prevista o início da construção, em 2024, após o licenciamento final. Em Dezembro de 2025, o parque arranca com um período de soft opening seguido da grande abertura ao público português e internacional em Março 2026.
Ainda segundo o comunicado, Paulo Martins, presidente da Despomar, empresa detentora das lojas Ericeira Surf & Skate e da 58 Surf, considera que este vai ser um parque para todos, dos 7 aos 77 anos, onde se pode aprender a atividade para quem tenha interesse. Por outro lado, será um espaço para os atletas de surf de competição poderem manter o seu desenvolvimento, uma vez que, em Portugal, o surf é um dos desportos com maior expansão, atingindo crescimentos de 35% ao ano.
Para este empresário, a zona Oeste do país vai sair reforçada, porque este projeto em Óbidos irá reforçar as marcas locais definidas pelo Turismo Centro de Portugal e a integração do Surf Parque numa das zonas de elite de surf em Portugal, como a praia do Supertubos, o Baleal, Pico da Mota, Rei do Cortiço, juntamente com a Ericeira e Nazaré, favorecendo de forma ativa a comunidade naquela zona do país.
O projeto surge como um equipamento dinamizador do concelho de Óbidos, cuja localização próxima de Peniche atrairá visitantes de várias idades, proporcionando a experiência de surf mais autêntica para surfistas de todas as idades, experiências e níveis, num ambiente totalmente seguro e sempre em complementaridade com o surf praticado no mar.