O valor necessário para prolongar a Linha Vermelha, entre até Alcântara, passando por Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique e a Avenida Infante Santo, é de 405 milhões de euros, sendo que 357,5 milhões teriam origem no PRR, no entanto, o atraso no início da obra levou à perda de parte do financiamento europeu
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A secretária de Estado da Mobilidade disse esta sexta-feira que a obra de expansão da Linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa até Alcântara irá começar em dezembro de 2025 e será, também, consignada a Linha Violeta.
Cristina Pinto Dias acompanha o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, que está a ser ouvido esta sexta-feira no Parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), respondendo às questões dos deputados relativas ao Metropolitano de Lisboa, que estão na sua pasta.
"A Linha Vermelha vai ter início de obra em dezembro de 2025 e, já agora, também em dezembro de 2025 vai ser consignada a empreitada da obra da Linha Violeta", anunciou Cristina Pinto Dias.
O valor necessário para prolongar a Linha Vermelha, entre até Alcântara, passando por Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique e a Avenida Infante Santo, é de 405 milhões de euros, sendo que 357,5 milhões teriam origem no PRR, no entanto, o atraso no início da obra levou à perda de parte do financiamento europeu.
O concurso para o prolongamento foi ganho em 2023 e assinado em dezembro do mesmo ano pelo consórcio da Mota-Engil por um preço contratual de cerca de 321,9 milhões de euros, mas devido à entrada de impugnações judiciais de outros concorrentes o processo foi atrasado.
Em março de 2024, o contrato acabou por receber visto prévio do Tribunal de Contas, mas teve ainda de aguardar pela decisão do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, na sequência de uma ação interposta por um dos concorrentes.
Já em outubro deste ano, a Secretaria de Estado da Mobilidade disse na Comissão de Infraestruturas, Mobilidade e Habitação, na Assembleia da República, que a obra ainda não tinha avançado para o terreno por faltar o Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) e a autorização da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Atualmente, a Linha Vermelha é uma linha circular que liga as estações São Sebastião e Aeroporto.
De acordo com Cristina Pinto Dias, será em dezembro de 2025 que será "consignada a obra da futura linha Violeta", o novo Metro Ligeiro de Superfície Odivelas/Loures.
A Linha Violeta, com 11,5 quilómetros de extensão, contempla 17 estações: nove no concelho de Loures (que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de cerca de 6,4 quilómetros) e oito no concelho de Odivelas (para servir as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças), numa extensão total de cerca de 5,1 quilómetros.
As estações terão diferentes tipologias, sendo 12 de superfície, três subterrâneas e duas em trincheira.
O primeiro concurso público referente à empreitada da Linha Violeta foi lançado a 15 de março de 2024 e resultou na exclusão de todas as propostas apresentadas pelos operadores económicos, por excederem o preço base do concurso, em média cerca de 46%.
Em julho passado, o Metro de Lisboa anunciou ter recebido quatro propostas no âmbito do concurso para a construção da Linha Violeta, que apresentavam valores entre os 598,8 e os 716 milhões de euros.
