Obra no Porto de Setúbal pode ser anulada. Uma "enorme vitória" para o ambiente
Clube da Arrábida acredita que decisão do tribunal vem dar razão ao que foi reclamado desde o início.
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O presidente do Clube da Arrábida, Pedro Soares Vieira, não podia ter ficado mais satisfeito com a decisão da justiça que confirmou as providências cautelares para travar as dragagens no rio Sado.
A justiça entende que existe uma forte probabilidade do processo ser ilegal e, por isso, deu ordem para que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada analise, outra vez, o pedido de suspensão do contrato.
Para Pedro Vieira Soares trata-se de uma grande vitória para o rio Sado e para o ambiente.
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"Para nós é uma enorme alegria porque é uma enorme vitória para a posição que nós sempre assumimos desde o princípio: que toda esta obra de melhoria de acessibilidades ao Porto de Setúbal foi um processo obscuro desde que foi lançado até à sua aprovação e o tribunal vem dar razão ao que reclamávamos desde o início", explicou o responsável.
Vieira Soares acredita que, agora que vai haver uma reavaliação da providência cautelar, "a obra no Porto de Setúbal pode ser considerada nula".
O responsável promete não baixar os braços, numa luta que considera justa e imprescindível, já que, diz, as dragagens no Sado seriam um atentado ambiental que prejudicaria o ecossistema e a comunidade.
Se isto não é um atentado ambiental, dificilmente conseguiremos encontrar um maior atentado ambiental no Rio Sado.
"Esta obra afeta não só as praias e os baixios, que desaparecerão, a comunidade de golfinhos roazes do Sado que pode desaparecer, as pradarias marinhas e toda a comunidade de pescadores que vivem do Sado, que verão o seu modo de vida desaparecer. Se isto não é um atentado ambiental, dificilmente conseguiremos encontrar um maior atentado ambiental no Rio Sado", aponta Vieira Soares.
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O Clube da Arrábida vai agora aguardar a nova decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada.