As obras de requalificação da principal via que atravessa ao Algarve deviam ter terminado em 2012, mas só começaram em setembro do ano passado. Os constrangimentos são muitos.
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É um "pára-arranca" constante e muitos automobilistas sugerem que as portagens da Via do Infante sejam suspensas, pelo menos enquanto durarem as obras.
Parados no trânsito, na Estrada Nacional 125, os automobilistas vão desabafando. "Hoje estou a ver isto um exagero, mesmo. Está a ver a fila que está a formar-se?", questionam. "Querem eles turismo?", pergunta outro condutor.
Na mesma fila, à espera que o tráfego circule, um automobilista confessa que levou mais de 20 minutos para percorrer 200 metros. "Já estou atrasado para o trabalho", lamenta.
Além de estar em "banho-maria" vários anos, a requalificação da EN 125 começou a ser feita apenas no troço entre Vila do Bispo e Olhão, cerca de metade do que estava inicialmente previsto. Estão a ser construídas sobretudo rotundas ao longo do trajeto.
A obra, cuja concessão foi atribuída à empresa Rotas do Algarve Litoral, anda devagar, provocando enormes filas de trânsito, mesmo fora das horas de ponta.
Muitos condutores pedem que as portagens na Via do Infante sejam abolidas enquanto dura a requalificação da estrada.
O PCP e o Bloco de Esquerda já pediram a abolição definitiva das portagens mas este é um tema fraturante na maioria parlamentar. O PS sugere apenas a redução do seu valor.
Segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária no ano passado registaram-se no Algarve mais de 9.200 acidentes, com 166 feridos graves e 35 vítimas mortais. A maior parte dos acidentes aconteceu na Estrada Nacional 125.