O plano, que inclui a construção de dois túneis de drenagem, promete resolver cerca de 80% das inundações em Lisboa. É a maior obra que a Câmara alguma vez levou a concurso.
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Com um ano de atraso, as obras para o plano de drenagem para a cidade de Lisboa estão agora a decorrer. O concurso para a construção dos dois túneis principais, lançado em 2017, ficou deserto, uma vez que os candidatos apresentaram um valor superior ao preço-base, mas agora a Câmara de Lisboa subiu o valor e lançou novo concurso.
O novo preço-base para a construção dos túneis de drenagem entre Monsanto e Santa Apolónia e entre Chelas e o Beato é de 140 milhões de euros - o valor subiu cerca de 28%.
Em declarações à TSF, o coordenador do projeto, José Silva Ferreira, afirma estar "bastante confiante". "Fizemos muitos estudos, fizemos comparação de preços - o que não é fácil, porque não há muitas obras com esta dimensão", referiu.
"Esta é a maior obra que a Câmara de Lisboa lançou e, até meados do ano passado, era a maior obra lançada nos últimos três anos em concurso público. É uma obra com dimensão internacional", acrescentou José Silva Ferreira.
Os dois túneis devem resolver cerca de 80% das inundações em Lisboa.
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Silva Ferreira explica, no entanto, que, antes destas obras, já tinham sido postas em prática parte das intervenções do plano de drenagem: "Está concluída na zona da Ameixoeira, a proteção principal é a Calçada de Carriche e a Estrada do Desvio. No Alto da Ajuda, a intervenção já foi feita entre a Faculdade de Medicina Veterinária e o Polidesportivo."
No mês de dezembro arrancam mais obras na zona da estação do Oriente, também para evitar cheias e inundações.