O fenómeno é destacado num relatório da OCDE sobre educação. Portugal está no grupo de países onde ele mais tem crescido.
Corpo do artigo
Mais de 18 por cento dos portugueses com idades entre os 20 e os 29 anos não trabalham nem estudam. Uma percentagem que se fica pelos 8 por cento se olharmos para os jovens com idades entre os 15 e 19 anos.
Percentagens que não ficam longe das médias da OCDE ou da União Europeia. Somos, no entanto, um dos países onde o número de jovens parados, sem fazer nada, mais aumentou nos últimos tempos.
Um em cada três é considerado inactivo: já não procura, com regularidade, trabalho.
A OCDE diz que é uma das principais consequências da crise. Trata-se de uma população que não para de aumentar nos países desenvolvidos, resultado, em muitos casos, de uma má transição do mundo das aulas para o mundo do trabalho.
Estes jovens têm ainda mais dificuldades do que os outros na procura de trabalho.
A OCDE explica que estão a pagar um preço alto pela crise e as consequências vão ser duradouras. Afetam não apenas a moral mas também as capacidades futuras de uma força de trabalho, jovem, que, na prática, não é usada para nada.