O Oceanário de Lisboa tem em exposição cinco juvenis de tubarão-de-port-jackson, os primeiros desta espécie a nascerem em cativeiro em todo o mundo.
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"Em termos de reprodução, em cativeiro, nós fomos os únicos", disse a tratadora Elsa Santos, acrescentando que "pelo menos que haja conhecimento entre as várias instituições, até à data não tenho referência nenhuma de reprodução nesta espécie".
Nasceram oito tubarões mas, para já, o Oceanário de Lisboa tem apenas cinco em exposição. A reprodução em cativeiro contou com uma ajuda extra da equipa do oceanário, que recriou o habitat natural destes tubarões do hemisfério sul.
"São animais de zonas rochosas e nós tentamos recriar não só em termos estéticos mas também as oscilações de temperaturas que são coincidentes com as épocas de reprodução dos animais", explicou.
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Elsa Santos destacou que a introdução de rochas nos aquários ajudaram à reprodução, já que as fêmeas prendem os ovos nas rochas, "que têm forma de um parafuso, parecem uma rosca". Os animais nascem já completamente formados, com cerca de 20 centímetros e têm características únicas.
"Têm uma cabeça mais quadrada, toda a cor e padrão das riscas é muito interessante porque é como se fosse o bilhete de identidade deles, ou a impressão digital de cada um, as riscas têm um padrão diferente. Têm uns espinhos nas barbatanas bastante fortes que é uma forma de eles se defenderem dos predadores", referiu.
Os juvenis tubarão-de-port-jackson do Oceanário de Lisboa nasceram entre 2013 e 2015 e podem atingir 165 centímetros na idade adulta. Os tratadores alimentam-nos duas vezes ao dia com camarões, lulas e peixe.