A direção do Grupo Parlamentar do PS está em desacordo com a iniciativa de deputados socialistas requererem, junto do Tribunal Constitucional, a fiscalização sucessiva do Orçamento para 2012.
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Ao longo das últimas semanas, os deputados socialistas, Vitalino Canas, Isabel Moreira e Alberto Costa apresentaram publicamente a sua disponibilidade para formular um pedido de fiscalização da constitucionalidade do Orçamento do Estado - iniciativa que tem de ser subscrita por um décimo dos deputados (23) da Assembleia da República.
No entanto, confrontado pela TSF com a posição deste grupo de deputados socialistas, José Junqueiro, vice-presidente da bancada do PS, garantiu que esta não é uma prioridade para o partido.
«Nós temos um orçamento que foi aprovado pelos partidos da maioria, do qual discordamos, mas que tem uma execução durante este ano. A nossa primeira obrigação é fiscalizar politicamente, de forma permanente e exaustiva a execução orçamental», afirmou.
Questionado sobre a forma como vai reagir o PS se estes deputados socialistas fizerem parte da lista de assinaturas para o Tribunal Constitucional, José Junqueiro disse que esse facto não vai desviar o PS daquilo que é essencial.
Ouvida igualmente pela TSF, a deputada Isabel Moreira disse manter a sua posição, considerando que a fiscalização política permanente é «essencial» mas «insuficiente».
Isabel Moreira revelou ainda que o facto de a bancada do PS não concordar com os deputados em causa «faz parte da vida democrática».
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]