Oficiais e sargentos frisam que promoções nas Forças Armadas não são privilégio
O presidente da Associação dos Oficiais considera que o anúncio de 4300 promoções nas Forças Armadas «nem deviam ser notícia». Os sargentos entendem que o anúncio feito por Aguiar Branco «não é inocente».
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O presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas entende que as 4300 promoções anunciadas esta quarta-feira pelo ministro da Defesa «deviam ser encaradas com naturalidade».
Em declarações à TSF, Manuel Cracel considera que o anúncio de Aguiar-Branco tem o «intuito perverso de passar para a opinião pública uma ideia errada sobre uma realidade que devia ser encarada com naturalidade, nem devia ser objeto de notícia».
«Os militares têm forçosamente que ser promovidos, porque sem promoções as forças armadas não funcionam, qualquer dia tínhamos soldados a comandar soldados, algo que numa estrutura tão hierarquizada com são as Forças Armadas não se compreenderia», sublinhou.
A Associação Nacional de Sargentos entende também que estas promoções também «não são um privilégio extraordinário», mas sim um direito e entende que o anúncio de Aguiar-Branco é uma estratégia a pensar nas eleições europeias de 25 de maio.
Também ouvido pela TSF, o presidente da ANS, Lima Coelho, lembrou ainda que este anúncio feito agora «não é inocente», até porque o «Governo quer fazer passar a imagem de que está a trabalhar no sentido em que os agravamentos não sejam tão penalizantes».