Oito hospitais com constrangimentos nas urgências de obstetrícia este fim de semana
É o caso do Hospital de Aveiro, Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, do São Francisco Xavier, em Lisboa, e dos hospitais de Setúbal, Braga, Abrantes e Portimão.
Corpo do artigo
As urgências de ginecologia e obstetrícia e o bloco de partos do Hospital de Aveiro vão fechar, esta sexta-feira, entre as 20h e as 8h30 de sábado. A decisão foi confirmada à TSF pelo Centro Hospitalar do Baixo Vouga e na origem deste encerramento está a falta de médicos.
Do mesmo modo há constrangimentos previstos nos serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia e bloco de partos de vários hospitais do país durante este fim de semana. É o caso do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, do São Francisco Xavier, em Lisboa, e dos hospitais de Setúbal, Braga, Abrantes e Portimão.
A Urgência de Ginecologia e Obstetrícia (UGO) do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), localizada na Unidade de Abrantes (distrito de Santarém), vai estar condicionada desde as 09h00 de sábado até às 09h00 de domingo, informou a instituição.
Em resposta à Lusa, o CHMT esclarece que, durante este período, a UGO de Abrantes "não receberá doentes urgentes transportadas por ambulância".
"As grávidas e utentes com patologia ginecológica urgente que se desloquem ao Serviço de Urgência de Ginecologia-Obstetrícia do CHMT serão transferidas para outras unidades do SNS da região, num quadro de articulação e funcionamento em rede, que envolve o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo", afirma.
O CHMT acrescenta que "irá garantir o transporte das utentes em ambulância, com toda a segurança e o acompanhamento de um enfermeiro especialista da instituição".
"Durante todo o período de contingência, o Serviço de Urgência de Ginecologia-Obstetrícia do CHMT será assegurado por uma equipa de profissionais de saúde, constituída por um médico obstetra, três enfermeiros especialistas, entre outros elementos (como assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica), contando também com o apoio dos Serviços de Cirurgia Geral e de Anestesiologia, que prestarão cuidados de saúde circunscritos a situações de risco de vida iminente", sublinha.
Segundo o CHMT, "esta equipa está preparada para dar resposta pronta a situações de emergência inadiável - que incluem, por exemplo, a realização de uma cesariana de emergência, ou outra condição de risco de vida iminente, como um parto prematuro, ou uma hemorragia pós-parto".
"Reafirma-se que o CHMT, os hospitais da região, a ARSLVT - Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, e o CODU/INEM se mantêm em estreita articulação, para garantir o normal funcionamento das urgências das maternidades da região", conclui.