Oleiros queimou pelo menos o dobro da área ardida em Castro Verde e Aljezur.
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O total da área ardida ainda não é certo, mas as duas estimativas que já se conhecem apontam, ambas, para que o fogo em Oleiros que começou este fim de semana tenha sido, até agora, o maior do ano.
Na conferência de imprensa desta manhã, o comandante operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul, Luís Belo Costa, indicou uma área ardida de 6 mil hectares.
As imagens de satélite usadas pelo Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais (EFFIS) contam, até agora, 4.180 hectares, cerca de meia cidade de Lisboa (número que deverá ainda ser revisto em alta nos próximos dias).
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Seja numa ou noutra estimativa, o fogo de Oleiros, no distrito de Castelo Branco, que vitimou mortalmente um bombeiro e deixou outros dois com ferimentos graves, já queimou mais do que os outros maiores incêndios do ano.
Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), até Oleiros o fogo com mais área ardida em 2020 tinha atingido Castro Verde, no distrito de Beja, a 13 de julho. Arderam 2.300 hectares, sendo mesmo atingido "o coração" da Reserva da Biosfera da Unesco.
O segundo fogo que até agora se seguia na lista era aquele que a meio de junho atingiu o Algarve, mais precisamente o concelho de Aljezur, com 2.230 hectares queimados.
O incêndio que começou no sábado no concelho de Oleiros foi considerado dominado esta segunda-feira pelas 8 horas.