"Olhar com realismo e não com ideologia." Mais de 100 profissionais de saúde lançam manifesto de apoio à AD
Os signatários do manifesto referem que "as eleições legislativas são uma ocasião privilegiada para acabar com este ciclo de mediocridade e deterioração".
Corpo do artigo
Mais de cem profissionais de saúde subscrevem um manifesto de apoio à AD, afirmando que a coligação de direita liderada por Luís Montenegro é quem apresenta o programa eleitoral "mais indicado para corrigir a grave situação atual" no Serviço Nacional de Saúde. Na lista, constam médicos, enfermeiros e técnicos especialistas com larga experiência no SNS.
"Tendo sido divulgadas as propostas da coligação AD, manifestamos o nosso apoio a este programa, que julgamos ser o mais indicado para corrigir a grave situação atual e oferecer a toda a população a verdadeira Universalidade de Cuidados de Saúde", lê-se no manifesto enviado às redações.
Entre outros prestadores de cuidados de saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS), subscrevem o documento os médicos João Queiroz e Melo, Alexandre Valentim Lourenço, Fernando Coelho Rosa, Maria José Cartaxo Rebocho, António Amorim, Victor Manuel Machado Gil, Mário Jorge Amorim e Rui Anjos.
"A Saúde em Portugal está doente e vive uma situação altamente preocupante. Os profissionais que assinam esse manifesto são pessoas politicamente independentes, com uma longa experiência de trabalho no SNS", disse João Queiroz e Melo, em declarações à TSF.
"Passados quase 50 anos de SNS, temos que olhar com realismo e não com ideologia, porque o que é preciso resolver é a Saúde da população", acrescentou.
O subscritor sublinhou ainda que "Portugal é um país com recursos muito limitados" e, como tal, é preciso "aproveitar o que está no terreno".
"O SNS já só presta 40% dos cuidados de saúde da população e paga 60%, o que quer dizer que, neste momento, o SNS já precisa do social e do privado para resolver parte dos problemas dos portugueses", concluiu.
Na lista de subscritores estão também o técnico de radiologia Vasco Bettencourt, a enfermeira Ana Albuquerque, os clínicos Pedro Bastos, Hélder Monteiro, Miguel Mendes, Emanuel Vigia e Miguel Sousa Uva, bem como o diretor do Centro de Responsabilidade de Cirurgia Cardíaca, Hospitais da Universidade de Coimbra, Manuel Antunes.
Os signatários do manifesto referem que "as eleições legislativas são uma ocasião privilegiada para acabar com este ciclo de mediocridade e deterioração".
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República. A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.