A Ordem dos Médicos tem dúvidas sobre novas regras ditadas pela circular da Administração Central, criando equipas exclusivas para os serviços de urgência nos hospitais públicos.
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O bastonário da Ordem dos Médicos encara com algumas reservas e dúvidas as novas regras ditadas numa circular emitida pela Administração Central dos sistemas de saúde, que cria equipas exclusivas para os serviços de urgência nos hospitais públicos.
A circular enviada ao serviços a 13 de Maio estipula a criação de equipas dedicadas entre as 8:00 e as 20:00, de segunda a sexta feira, e de equipas complementares para o turno da noite e fins-de-semana.
Ouvido pela TSF, o bastonário da Ordem dos Médicos disse que esta «não é a solução ideal», temendo que a coordenação entre urgências e internamento não resulte na prática.
«Essa falta de ligação faz com que se criem dificuldades e constrangimentos na ligação entre os dois sectores de funcionamento do hospital, nomeadamente quando é necessário internar um doente», disse o bastonário, considerando que «o ideal seria a existência de equipas mistas».
José Manuel Silva questionou, ainda, as qualificações dos médicos que vão integrar estas equipas exclusivas para as urgências, receando que coloquem em causa a qualidade dos serviços prestados.