Meteorologia confirma que várias zonas do país já estão em "onda de calor" com temperaturas muito altas, para a época, há 6 dias consecutivos.
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O muito calor que se tem registado desde o início de setembro, colocando grande parte do país em alerta vermelho, deve manter-se na próxima semana. A previsão é feita pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que confirma que várias regiões já estão em "onda de calor".
Os meteorologistas consideram que existe uma onda de calor quando durante 6 dias seguidos a temperatura máxima é 5 graus superior ao normal para a época do ano.
Nesta situação de tempo quente e seco os valores da temperatura máxima têm variado entre os 30 e 35 graus "na generalidade do território", tendo atingido mesmo, no dia 4 de setembro, em duas estações de medição (Évora e Alvega), os 40 graus.
As temperaturas mínimas durante a madrugada têm chegado a valores próximos dos 20 graus em vários locais do Continente, tendo mesmo atingido 25,8 graus em Coimbra e 25,5 em Faro.
Os distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal ainda não estão tecnicamente em "onda de calor" porque ainda não se completaram os seis dias seguidos com temperaturas máximas 5 graus superiores ao normal para a época do ano, mas essa situação deverá verificar-se em breve.
Paula Leitão, meteorologista do IPMA, explica à TSF que o calor intenso terá, no entanto, uma curta pausa de dois dias no início da próxima semana, na segunda e terça-feira, mas depois os termómetros devem voltar a subir.
Em Lisboa, por exemplo, comparando com sexta-feira, a temperatura máxima prevê-se que caia 10 graus até terça-feira (de 35 para 25 graus), mas depois subirá de novo, gradualmente, ficando vários dias da próxima semana acima dos 30 graus.
"Apesar desta oscilação podemos dizer que o tempo se manterá quente", afirma Paula Leitão.
O calor persistente, num tempo quente e seco que tem potenciado os incêndios, deve-se, segundo o IPMA, a "um anticiclone que se encontra localizado a noroeste dos Açores, estendendo-se em crista para a Bretanha, em conjunto com um vale depressionário entre Marrocos e a Península Ibérica, dando origem a um fluxo de leste em Portugal Continental".
Notícia atualizada às 10h07 de 6 de setembro de 2019