Uma operação inédita vai decorrer em Dezembro na zona do Cachão para capturar uma matilha de 200 cães selvagens que já atacaram agricultores e homens do lixo.
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Em declarações à TSF esta terça-feira, o vereador do ambiente da Câmara de Mirandela disse que há três anos que se registam «algumas queixas sobre um número elevado de animais que rondam» o aterro sanitário da Terra Quente, na zona do Cachão.
António Branco deu ainda conta de «ataques» desses animais contra agricultores, o que está a gerar «insegurança para as populações».
Há já dois anos que a autarquia tem oficiado a Direcção Geral de Veterinária (DGV) para ajudar a encontrar uma solução.
A solução surgiu agora com uma operação de captura que vai prolongar-se no tempo e tem já duas datas marcadas, para dias 5 e 19 de Dezembro, estando a ser divulgada na zona através de editais.
A operação envolve a DGV, o município e a Associação de Caça de Frechas, a sede da freguesia que integra a aldeia do Cachão.
António Branco avisou que «a logística é extremamente complicada», porque não se trata de capturas em ambiente urbano, mas em terreno. «O mais natural é que os animais tenham capacidade de fugir», disse.
Em resposta à TSF, o vereador admitiu o abate de alguns cães com «dimensões e características que possam pôr em causa a segurança das pessoas» que participam na operação, até porque não será fácil «lidar com eles», já que muitos não têm «qualquer tipo de ligação doméstica».