Operação Marquês: Ministério da Justiça está a investigar se dois dos arguidos partilham cela

O ministério da justiça está investigar as condições em que se encontram detidos dois dos arguidos da chamada Operação Marquês,que levou prisão do ex primeiro ministro José Sócrates.
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O "Correio da Manhã" escreve, na edição desta segunda-feira,que a decisão de colocar os dois presos preventivos na mesma cela terá sido tomada à revelia do juiz Carlos Alexandre, que definiu as medidas de coação a aplicar aos detidos na sequência Operação Marquês. Esta operação está relacionada com a alegada ocultação ilícita de património e transações financeiras que ascendem a vários milhões de euros e que envolve também o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
A informação da partilha da cela é negada pelos serviços prisionais. No entanto,o Ministério da Justiça, contactado esta tarde pela TSF, confirma que está investigar esta situação.
Segundo o CM, o juiz decidiu proibir o advogado Gonçalo Trindade - detido inicialmente, mas que acabou libertado - de contactar com os restantes arguidos e só não o fez no caso dos presos preventivos por entender que era uma regra que decorria do bom senso.
Tanto João Perna como Carlos Santos Silva estão presos preventivamente no estabelecimento anexo à Polícia Judiciária, em Lisboa.
Já o ex-primeiro-ministro socialista cumpre prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora, desde 24 de novembro, por suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.