Começaram esta manhã a ser colocados os cabos para tentar retirar o navio que está encalhado ao largo do Bugio, na foz do Tejo, há uma semana. Uma operação que se prevê demorada.
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O comandante do porto de Lisboa, capitão Coelho Gil, não arrisca uma hora para a remoção do navio, explicando que a operação vai ser faseada e demorada.
"A equipa de especialistas e parte da tripulação vão ser colocados a bordo para recomeçarem a operação e para prepararem o navio para receber o cabo de reboque e restabelecer as condições de energia a bordo para permitir que tal aconteça. É um trabalho moroso, ou seja, preparar tudo vai demorar horas. E após todo este trabalho preparativo passa a uma fase seguinte que é o estabelecimento do cabo de reboque desde o rebocador ao navio", explicou o capitão à TSF.
Toda esta ação está a ser coordenada pelo capitão do Porto de Lisboa, em articulação com o Centro de Operações Marítimas (COMAR).
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O comandante do porto de Lisboa não arrisca apontar uma hora para a conclusão dos trabalhos, mas adianta que "será sempre numa maré cheia". A maré cheia das 11h00 foi antes de o trabalho preparativo estar pronto e a próxima maré cheia desta segunda-feira será "próxima da meia-noite".
O tempo pode ajudar, pois a Proteção Civil baixou o nível de alerta na bacia do Tejo que está agora no nível azul, o mais baixo de uma escala de 4. Ainda assim, a Proteção Civil mantém as recomendações para que sejam retirados equipamentos e animais das zonas normalmente inundáveis e que as pessoas não atravessem estradas ou zonas alagadas
O navio de bandeira espanhola "Betanzos", com dez tripulantes a bordo, encalhou na madrugada de terça-feira, cerca das 01h00, à saída da barra de Lisboa, após uma falha total de energia e da tentativa de fundear. De acordo com o porta-voz da Autoridade Marítima, a bordo do navio estão 130 toneladas de combustível e 20 toneladas de resíduos oleosos.