Oposição interna no BE vai exigir firmeza: PS "não é um parceiro fiável para a negociação"
O histórico do Bloco alerta que o Partido Socialista "não é um parceiro fiável para a negociação, nunca foi", e quer "que essa consciência renasça dentro do Bloco".
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Para Mário Tomé, opositor interno da atual liderança do Bloco, assegurou, em declarações à TSF, que "esta convenção revelou uma mudança", porque a mesa nacional vai ter núcleo de militantes "que não obedecem à direção nacional só porque ela é a direção nacional".
"É o início de uma grande transformação para o Bloco", diz o histórico do BE, que quer uma força política de esquerda a funcionar a partir das suas bases. "Vamos introduzir um elemento de polémica, de imposição, um debate" garante Mário Tomé, que não tem "dúvidas nenhumas" sobre as repercussões no funcionamento do Bloco.
Quanto às preocupações elencadas por Catarina Martins, Mário Tomé diz que saúde, emprego, salário e pensões "são as prioridades de sempre", e que a líder é "emérita e muito boa a fazer a radiografia da sociedade", mas não está a apresentar a melhor forma de o concretizar. "O apelo às outras forças de esquerda tem de ser na base de um programa muito claro e não logo tão aberto a ceder."
Para Mário Tomé, o PS não é fiável em termos de negociações: "O PS nunca cumpre aquilo que promete. O PS finge que cede a algumas reivindicações do Bloco."
O histórico do Bloco vinca mesmo que o Partido Socialista "não é um parceiro fiável para a negociação, nunca foi", e quer "que essa consciência renasça dentro do Bloco".
"Até podemos ter um acordo, mas a partir de que premissa de confiança no Partido Socialista?", atira.