Bloco de Esquerda, PSD, CDS-PP e PCP responsabilizam o Governo pela situação da Maternidade Alfredo da Costa, que está a pedir donativos aos seus utentes.
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O Bloco de Esquerda considerou que a situação da Maternidade Alfredo da Costa, que está a pedir donativos aos seus utentes, é lamentável e caricata e acusa o Ministério da Saúde e o Governo de «respeitar a autonomia dos hospitais quando lhe convém».
Em declarações à TSF, o deputado João Semedo entende que se o Ministério da Saúde «respeitasse verdadeiramente a autonomia dos hospitais e das suas administrações não teria feito os cortes nos orçamentos dos hospitais que fez quando foi aprovado este orçamento».
«Mais do que estar a criticar a administração da maternidade, a minha crítica vai para o Governo que conduziu a esta situação lamentável, excessiva e de alguma forma caricata», acrescentou este parlamentar bloquista.
Por seu lado, o deputado social-democrata Adão e Silva lembrou que «pôr os hospitais de mão estendida não passa pela cabeça das pessoas», sendo que esta situação «é bem o espelho do ponto a que chegaram as finanças públicas em Portugal».
Também ouvido pela TSF, este parlamentar do PSD considerou que a «justificação dada pelo ministério é verdadeiramente deplorável e é de quem está a não assumir a responsabilidade desta situação de colapso financeiro» provocado pelo Governo, «que se dizia defensor do SNS e do Estado Social».
Já a deputada Teresa Caeiro entende que o Ministério da Saúde deveria explicar as dificuldades financeiras desta maternidade e porque não assegura um orçamento suficiente a esta unidade de saúde.
Em declarações à TSF, esta parlamentar do CDS-PP considera ainda que esta iniciativa não pode ser posta em causa desde que seja feita com toda a «transparência e rigor no processo de angariação de fundos».
O comunista Jorge Pires também culpa o Ministério da Saúde por esta situação e entende que esta se deve aos «cortes cegos nos orçamentos dos hospitais».
Considerando que esta situação não é muito diferente da que se vive noutros hospitais, este elemento do PCP assinalou ainda o «perigo de criar as condições para uma aceitação por parte das populações da privatização do Serviço Nacional de Saúde».