De fato em fato, entre o de candidato e o de primeiro-ministro, Costa andou a distribuir cumprimentos em fábrica têxtil, mas já a pensar nas negociações necessárias para chegar a acordo sobre o salário mínimo nacional.
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António Costa passou a manhã desta quinta-feira em duas das fábricas da empresa CBI Indústria de Vestuário, em Mangualde, e falou da necessidade de aumentar o salário mínimo nacional sem esquecer que as condições de produtividade das empresas.
Não avança um número, diz que é preciso sentar à mesa para negociar após as eleições legislativas, mas promete um "esforço coletivo" para que a "economia continue a crescer" e possa "pagar melhores salários".
Entre casacos e fatos produzidos para grandes empresas e maioritariamente para exportar, Costa falou com as costureiras, espalhou sorrisos e disse até que numa próxima encarnação gostaria de trabalhar numa fábrica. Enquanto a próxima encarnação não chega, o candidato do PS olha para o futuro na pele do próximo primeiro-ministro.
Depois das eleições, o secretário-geral do PS pretende "ouvir a concertação social para fixar metas em matéria de crescimento do salário mínimo" e para que haja "uma manutenção e a melhoria de condições de produtividade e competitividade das empresas".
Porém, o líder socialista considera que é preciso fazer mais do que aumentar o salário mínimo nacional. "Não temos só um problema com o salário mínimo, temos um problema geral dos rendimentos das famílias portuguesas e temos de contribuir positivamente para a melhoria dos rendimentos", enalteceu, frisando que "a base mínima é ouvir o que cada setor tem a dizer".
Na visita ao caderno de objetivos cumpridos pelo Governo, Costa recorda ainda as "transformações não monetárias" conseguidas nos próximos quatro anos, desde os manuais gratuitos aos passes sociais.