Ordem dos Enfermeiros. Conselho de Jurisdição mantém silêncio sobre queixas contra bastonária
Enfermeiros que apresentaram a queixa lamentam que, num mês, nada tenha mudado.
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Mais de um mês depois, o Conselho de Jurisdição da Ordem dos Enfermeiros mantém o silêncio e nada diz sobre a queixa apresentada por uma centena de enfermeiros contra as declarações da bastonária, Ana Rita Cavaco, nas redes sociais, criticando a presidente da Câmara de Portimão por ter sido vacinada contra a Covid.
A participação reuniu mais de uma centena de assinaturas, entre elas a de Manuel Lopes, enfermeiro e professor na Escola Superior de Enfermagem São João de Deus, na Universidade de Évora. O enfermeiro lamenta que, num mês, nada tenha mudado.
"Não houve nenhum tipo de contacto, de nenhuma estrutura da Ordem, connosco, seja de que natureza for", explicou à TSF Manuel Lopes.
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Um silêncio que considera estranho.
"Estranhamos muito porque, efetivamente, no mínimo o que se exigiria é que dissessem que receberam. Todo este tempo é suficiente para haver uma decisão acerca dos procedimentos que são normais neste tipo de situação e não houve nenhum", acrescentou o enfermeiro.
Este grupo de enfermeiros que entregou a queixa contra a bastonária defende que chegou o momento de fazer um debate aprofundado sobre a profissão. O grupo lançou o movimento "Enfermagem Com Futuro", que defende que o enfermeiro tem condições para ser muito mais útil e dar mais à sociedade.
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Manuel Lopes considera que este é o momento para fazer esse debate. O Conselho de Jurisdição da Ordem dos Enfermeiros, já contactado pela TSF, informou que deve analisar, já na próxima sexta-feira esta queixa apresentada contra a bastonária.
O presidente do conselho, Serafim Rebelo, recusa fazer qualquer outro comentário, adiantando apenas que os visados vão depois ser informados sobre o resultado da análise que vai ser feita a esta queixa.