Ordem dos Engenheiros quer reter mais e melhores profissionais em Portugal para cumprir "desafios atempadamente"
Fernando de Almeida Santos vai continuar a liderar a Ordem, até 2028, depois de ter sido reeleito na madrugada deste domingo
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O bastonário da Ordem dos Engenheiros defende que Portugal deve ser capaz de reter e ir buscar mais e melhores talentos na área da engenharia. Fernando de Almeida Santos traça vários objetivos, acompanhados de muitos desafios para o novo mandato, depois de ter sido reeleito este domingo.
Ouvido pela TSF, o bastonário destaca as construções da linha ferroviária de alta velocidade e da terceira ponte sobre o Rio Tejo, bem como a expansão da capacidade aeroportuária nacional, como sendo os três principais desafios de engenharia que o país enfrenta. A estes, acrescenta ainda mobilidade urbana e o crescimento de algumas cidades em Portugal, e para todos eles sublinha a necessidade de encontrar pessoas qualificadas.
"De uma maneira geral, os nossos engenheiros são bons, de excelência até, [mas], infelizmente, alguns vão para fora", elabora Fernando de Almeida Santos.
O objetivo passa, por isso, por "reter cá os que ainda não foram e retornar os que já foram" para o estrangeiro, uma tarefa que o bastonário reconhece não ser fácil, até porque estes profissionais "saem em idade jovem e criam família além-fronteiras".
Reconhece, por isso, que uma das principais dificuldades para o novo mandato vai mesmo é "ter pessoas qualificadas para todos estes desafios serem feitos atempadamente". A isto, o bastonário acrescenta ainda o desejo de "consolidar o financiamento da Ordem dos Engenheiros e a ligação aos membros, para mostrar que a valorização dos engenheiros beneficia o todo nacional", o que irá implicar uma "solução global, para mostrar que também" Portugal tem uma "engenharia muito prestigiada além-fronteiras".
Fernando de Almeida Santos vai continuar à frente da Ordem dos Engenheiros até 2028, depois de ter sido reeleito na madrugada deste domingo. Era o único candidato à nova liderança e vai contar com o apoio de Dina Dimas e Jorge Liça, os novos vice-presidentes. Relativamente aos restantes órgãos, para o Conselho de Supervisão foram eleitos três candidatos integrantes da Lista B, encabeçada por José Vieira, que arrecadou a maioria dos votos, contra apenas um membro eleito pela Lista C.
Carlos Mineiro Aires venceu a presidência da Assembleia de Representantes, António Laranjo torna-se presidente do Conselho Fiscal Nacional e a lista liderada por Carlos Loureiro ganha a maioria dos lugares no Conselho Jurisdicional.
Quanto às estruturas regionais, o Norte elegeu Bento Aires para a presidência do Conselho Diretivo, no Centro do país foi eleita Isabel Lança, enquanto os engenheiros do Sul votaram, maioritariamente, em António Carias de Sousa, candidato da lista RA. Nos Açores e na Madeira foram eleitas, respetivamente, Teresa Soares Costa e Beatriz Jardim.
